domingo, 21 de dezembro de 2008

Longe

Não dá pra entender.
Minha saúde tá em dia.
Não tenho graves problemas financeiros.
Tenho família, amigas, namorado.
Amo todos eles.
E mesmo assim, neste momento, me sinto um grande monte de nada.
Não sou infeliz.
Estou.
Estou com uma dor de estômago chata que me acomete sempre que fico nervosa.
Meu cérebro parece constantemente contraído com uma dorzinha irritantemente incomodativa.
Dois dias inteiros sem ver ninguém. Sem falar com ninguém pessoalmente.
Isso, pra mim, é a pior situação.
Pareço um bicho trancado.
Porque eu não saio?
Pra onde? Não tenho absolutamente ninguém pra recorrer nessa cidade.
Tá todo mundo longe.
Longe demais.

Domingo

Estação Globo. Ivete Sangalo.
Sorriso Maroto canta TRÊS músicas.
Nando Reis UMA.
É o fim da picada.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Segunda-feira 15/12

Mais uma semana começa.
A água insiste em cair lá fora. Aliás, essa insistência já dura 5 dias.
Se banho de chuva involuntário traz boas energias do céu, eu devo estar brilhando de tanta energia.
O tempo encoberto, o barulhinho constante da água caindo, tudo parece ajudar na minha situação atual.
Já é férias. Quase todo mundo já foi embora (muitas das minhas amigas moram em outra cidade). Quem ficou, está cheio de coisas pra fazer.
E eu fico aqui; da TV pra cama, da cama pro fogão, do fogão pra TV. Preciso urgentemente ir até a biblioteca da faculdade... Mente vazia, oficina do diabo.
O estágio à tarde me ajuda a espairecer. Mas ainda sobram dois períodos. Aliás, excluo as manhãs pois durmo até às 10h. Mas o final da tarde... Ah, o final da tarde...
O anoitecer é tristemente desastroso.
Cadê todo mundo? Até o sol resolve ir embora. E a lua é linda, mas é companhia muito mais melancólica do que o sol.

Mas tudo passa. Logo, logo vou ter minha semaninha de folga e vou pra casa dos meus pais. Daria qualquer coisa pra viajar esse ano; mas falta-me destino e companhia.
Paciência, já não visito São Gabriel a tanto tempo que vai ser praticamente uma viagem.

Sigamos em frente e uma ótima semana a todos nós.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Beirut - Elephant Gun

A música mais show da trilha sonora de Capitu. Valeu pelo link Ro!!!
Bacana o "enredo" do clipe, segue a mesma levada (louca e teatral) da microssérie.
(vale a pena assistir, mesmo que a sua internet seja uma lesma digital de 250kbps como a minha!!!)



Já andei lendo por aí muitas críticas em relação à música do Marcelo D2 que finalizou o capítulo de ontem.
Olha, também acho que eles poderiam ter colocado outra coisa. Lapidaram essa perfeição que é esta música do Beirut; D2 era desnecessário e substituível.
Mas nada que "manche um trabalho até então tão perfeito", como li em algum lugar.
Nada é perfeito.
Continua incrível.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ameixas

Tudo em excesso faz mal.

Será que 19 ameixinhas vermelhas, em seqüência, também?

Capitu - considerações

O que dizer??

Bom, vamos tentar.

Certa vez me ensinaram que existem dois tipos de música: as para OUVIR, e as outras. As músicas para ouvir são aquelas que não merecem ser escutadas de outra maneira senão com atenção exclusiva, sabe? Você põe o CD (ou o MP3, ou o IPod, ou qualquer outra coisa que saia som) e se delicia com a letra e a melodia.
As "outras" são aquelas que você coloca pra rodar e vai limpar a casa, dançando com a vassoura. São as que não merecem atenção exclusiva. Aliás, que não precisam.

Enquadro no primeiro quesito alguns heróis de meu breve histórico fonográfico, como Los Hermanos, Chico, Lasciva Lula, Nando Reis, entre outros. Apesar de ouvi-los até mesmo enquanto limpo a casa...
E no segundo quesito, não preciso nem falar...

Bem, falei isso tudo na tentativa de me auxiliar a externar o que eu senti ao assistir a microssérie Capitu. E foi isso: trata-se de uma produção para ASSISTIR.



Merece que você se sente em frente à TV e delicie-se inteiramente e exclusivamente com essa releitura do romance de Machado de Assis.

Conseguiram trazer o romance para a modernidade de uma maneira incrivelmente criativa. Sem falar no cenário, na narrativa, nas músicas, nos atores, nos cortes, na própria abertura em si.

Não sou crítica de televisão (e nem tenho subsídios para tal) para avaliar metiiculosamente cada um desses quesitos.
Mas cada detalhe me encantou; encantou tanto quanto a leitura do romance, que se deu na semana passada.
E isso é raro. Aliás, é inédito.

Utilizo duas palavras na avaliação leiga dos três episódios que passaram até agora:
surpreendentemente encantador!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Capitu

Hoje estréia a microssérie da Globo, "Capitu".
Poucas vezes me vi tão ansiosa para assistir alguma coisa. Acho que a releitura do romance vai ser super bacana. Uma coisa bem literária e teatral.
Machado de Assis, por si só, já é genial. O escritor moderno mais pós-moderno que eu conheço.
Os atores também prometem.
Dom Casmurro será interpretado por Michel Melamed, apresentador da Tv Cultura e ator de teatro. A menina que vai interpretar Capitu jovem tem uma banda de rock e o braço direito todo tatuado.
Estou ansiosa!

Desenho animado.

Um dia o jogo vira. Né?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Voltei.

Quanto tempo sem escrever...
É que, sabe, durante o final de semana eu não fico sozinha resmungando. Hehehe.

Hoje eu queria escrever um belo texto de repúdio à situação que está criada na minha sala na faculdade. Mas não estou suficientemente inspirada para tal.
Então vou só retratar a situação e prostrar-me contra.

Já se vão uns 3 ou 4 semestres que a nossa turma é tachada como a sala de plagiadores, preguiçosos e, ainda por cima, arrogantes do jornalismo.
Tudo começou lá no 3º semestre com algumas resenhas descobertas no Google; depois alguns artigos e, pra completar, trechos de matérias fake, inventadas.
Em uma sala de 30, 35 alunos, uns 5 conseguiram a façanha de apodrecer, aparentemente, o cesto inteiro.
Os professores passaram a avaliar meticulosamente cada linha do que escrevemos. Se houvesse uma frase de outrém (ou que pareça de outrém) sem os devidos créditos, é zero na hora.
Até aqui, nada de errado.
Plágio deve sim ser considerado falta grave e merece zero.

Só que, por causa desses "alguns", criou-se uma situação mais ou menos assim:
"Um jornal inteiro pro 6º semestre? Não vai sair, eles não fazem nada."
"6º semestre é? Leia com atenção, deve ser cópia."
"Vixi, não dá mole não, se é do 6º semestre tem que ter cuidado."

A coisa foi tomando uma proporção absurda; os alunos (a grande maioria inocente) se indignando com os professores, os professores pegando pesado demais com os alunos.

Resultou numa reunião com o coordenador do curso, aonde nós, ingenuamente, acabamos pedindo mais RIGOR. Queríamos que os professores tomassem o lugar de mestres que lhe são de direito, e fossem mais justos com as avaliações.

Pronto. Bastou para que a palavra RIGOR fosse interpretada da pior maneira possível e o que já estava irritante tornou-se insustentável.

Fecharam-se todas as possibilidades de diálogo entre professor e aluno. Não entregou porque? Não interessa o porquê, não entregou é zero. Mas professora, deixa eu explicar... ZEROOOOO.

Prova de Redação Jornalística IV. Alguns dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e INVENTE algumas fontes. Como assim professora, você quer que a gente invente depoimentos? Isso, quero. Quero ver a capacidade que vocês têm de criar. (??????)

Final do semestre, tínhamos que entregar um CD com vários trabalhinhos de Photoshop feitos durante o semestre. "Alguns" (né pessoal) pediram o CD emprestado para "ver" o que tinha que fazer. Copiaram. Todos foram com zero. Inclusive o coitado que emprestou o CD. Tentamos explicar pra professora que era injusto com quem tinha feito tudo o semestre inteiro e que emprestou o CD na inocência. Não teve conversa.

Eles não querem saber de conversa. Diálogo pra quê? Você faz Comunicação Social, pegue a comunicação e jogue no lixo.

O fim da picada foi hoje. Quase a sala inteira de exame na mesma Redação Jornalística IV. Uma questão com 8 alternativas (de A à H) onde era preciso fazer a relação das letras que continham afirmativas verdadeiras. Eliminatória. Errou uma, é ZERO. Quanto valia a questão? 5. Ou seja, errou uma afirmativa (que por sinal estavam recheadas de pegadinhas), já era metade da prova.

Mais de 10 pessoas pegaram DP. Pessoas que estão longe de se enquadrar entre as "maçãs podres" (pelo menos a maioria).

Não sei se consegui explicar tudo direito. Só sei que a indignação é geral. Ferrar aluno não deveria ser o esporte preferido do professor.

E mais, quem não se comunica se trumbica né gente? Abrir espaço pra quem sempre se mostrou dedicado em sala de aula não faria mal pra ninguém.

Foi só um desabafo.

Não me enquadro entre as pessoas que pegaram exame. Não tive nada a ver com o rolo do CD. Só não quero passar o último ano de faculdade "apostando corrida" com professor. Quem chega ao final do bom-senso primeiro?

Tá difícil.


Obs.: Não generalizo. Ainda conseguimos bons resultados e boas relações com alguns professores. E também há alguns alunos que alegam não enxergar "nada de mais" com os últimos acontecimentos. Cada um é cada um.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sozinha

Eu queria conseguir ficar sozinha. Assim, sem nenhum problema.
E "sozinha" a que eu me refiro é sozinha mesmo, sem companhia, sem mais ninguém em casa.
Mas não dá. Não gosto. Não consigo. Definitivamente, minha natureza não é solitária.
O silêncio, que às vezes é necessário, hoje é ensurdecedor.
O telefone não toca. Ninguém chama lá fora.
Eu fico esperando alguém que não prometeu visita.
A impaciência, mais impaciente do que nunca, aguarda pacientemente um resquício de viva alma.
A TV tá ligada. É pra fazer chacota com o silêncio.

Que raiva de ser assim. Que raiva de ter gente no mundo que não é assim.
Se ninguém, absolutamente ninguém, suportasse ficar sozinho, eu deveria ter uma companhia nesse momento.

Não?

É a premissa da solidão que há de me acalentar nessas férias começando a trovejar no meu espírito.

Já disse, quando voltarem das férias vão me achar pendurada no coqueirinho ali fora.

Hehehehehhehe.

Brincadeirinha! =D

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Machado de Assis

Comecei hoje a ler "Dom Casmurro".
Não, eu não tinha lido ainda. Sim, eu tenho vergonha disso...
Já li em vários livros técnicos de jornalismo que a obra completa de Machado de Assis é bibliografia básica e obrigatória para qualquer jornalista. A narrativa é precisa, detalhista; o vocabulário, riquíssimo: exatamente como um bom jornalista deve ser (um BOM jornalista, e não esses que têm aos montes por aí).

Com peso na consciência, há um certo tempo baixei o e-book Ressureição; uma das primeiras obras do Machado. Li e me apaixonei. É simplesmente encantador.

Esse final de semana, vi que vai estrear, na Globo, uma micro-série de 5 capítulos baseada do livro Dom Casmurro: Capitu.

E eu adoro ler algo que eu nunca li com a possibilidade de assistir, logo depois.
Foi assim com "O código da Vinci", vai ser assim com Dom Casmurro.

A frustração de ver que as produções em vídeo são muito diferentes, muito resumidas, muito superficiais, fazem eu sentir ainda mais prazer na leitura.

E não sou hipócrita o suficiente para ralhar as produções da Globo. Quando se trata de novela, de ficção, os caras sabem o que fazer. Tem grana, tem talento. Eu gosto.

To ansiosíssima para terminar de ler e assistir. Estréia dia 09.

Será que eles vão conseguir personificar os "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" que fica com a "face cor de pitanga" frente às investidas de Bentinho?

A tempo: E-books não estão entre as coisas mais agradáveis do mundo. Ler na tela do computador é realmente cansativo. Mas é uma boa opção para quem ainda não tem grana para investir numa biblioteca particular.
A obra completa de Machado de Assis pode ser baixada no site www.dominiopublico.gov.br, um site do Ministério da Educação. Ou seja, é legal.

Dom Casmurro eu estou tendo o prazer de ler em papel. =)

Dezembro

Já chegou Dezembro e se eu bem me lembro
Existem planos para o fim do mês
Já chegou Dezembro e eu não pretendo
Virar o ano longe de vocês

Amigos, irmãos de fé, é
Amigos, família é, é

Quero realizar, comemorar, agradecer
Deixar rolar, saber viver, deixar acontecer
Me aprofundar, quero crescer, quero focar
[...]
Que a vida seja como um laço
E o resto que vá para o espaço


Já chegou Dezembro e se eu bem me lembro
Existem planos para o fim do mês
Já chegou Dezembro e eu não pretendo
Virar o ano longe de vocês

Amigos, irmãos de fé, é
Amigos, família é, é

Sorriso, sombra e água fresca, não largo o osso
Chupar a manga até o caroço. Quem sabe?
Aceitar o meu tempo e entender o meu tamanho

Me encontrar profundamente, sou como um livro
Depois do buraco negro eu saio vivo
Com tranquilidade pra amadurecer

Já chegou Dezembro e se eu bem me lembro
Existem planos para o fim do mês
Já chegou Dezembro e eu não pretendo
Virar o ano longe de vocês

Amigos

- Línox