Aniversário, geralmente, é um ano novo particular. Tá, tem gente que não gosta, não liga. Eu gosto e ligo muito, desde sempre. Canceriana feelings.
Apesar de nunca ter tido uma festa bombante ou uma surpresa inesquecível, sempre espero com ansiedade e me sinto diferente nessa data. Não sei explicar direito, mas é assim.
Começo a refletir sobre as pessoas a minha volta; perdas e conquistas; acertos e burradas e faço planos a curto, médio e longo prazo. Bem coisa de ano novo mesmo. MEU ano novo.
Do dia 5 de julho de 2009 até hoje, minha vida deu guinadas mirabolantes. Não vou entrar em méritos específicos, mas não custa registrar como anda minha vidinha hoje, nem que seja para ler no dia 5 de julho de 2011 e refletir mais um pouco.
Ali embaixo, no meu último post, eu ainda era uma acadêmica de jornalismo às voltas com a elaboração da monografia, sofrendo em um estágio meio tenso e passando por dificuldades emocionais. Hoje, sou jornalista (diplomada), passei de universitária quebrada para profissional registrada e meu coração acalentou-se.
Continuo morando na minha casinha, mas a distância dos meus pais diminuiu de 130 quilômetros para 8 quadras. Conheci pessoas incríveis; me aproximei mais de pessoas que já conhecia mas não imaginava o quão incríveis eram; me afastei de outras, algumas voluntária outras involuntariamente. Enfim, aquele monte de coisa que acontece o tempo todo com a gente, mas que merece uma fatiazinha do tempo para ser avaliado, com carinho ou indiferença, mas merece.
Paro para pensar nos objetivos que tinha a curto prazo, e fico imensamente feliz por tê-los alcançado, todos. Ter um emprego para poder comprar meu álbum de formatura; parar de passar as vontades capitalistas que me afligiam durante o curso universitário; descobrir que acertei na profissão e que sobreviverei à rotina dela.
Sim, o primeiro semestre de 2010 se resume a fatores profissionais. Chego a trabalhar 14 horas por dia, contando o tempo que passo ajudando meus pais. Mas não tem como não ficar feliz e orgulhosa com o que conquistei em apenas 6 meses de formada. Sempre tive grandes expectativas em cima de mim; famílias e amigos confiando em um sucesso às vezes utópico. Pelo menos, até agora, não decepcionei ninguém (nem a mim mesma, o mais importante).
Enfim, não casei aos 21 como imaginava quando tinha 11 e, possivelmente, não ficarei rica aos 22 e terei meu primeiro filho aos 23. Mas, na medida do possível, cheguei aonde queria chegar sempre que pensava com os pés no chão. Ah, aprendi a ter mais pé no chão. Mesmo querendo voar.
Ah, voei de avião. E meu ouvido nunca mais será o mesmo! Aprendi a ser mais tolerante com mudanças; aprendi a ser menos tolerante com injustiças. Aprendi a ser.
Um bom 5 de julho pra todo mundo. Um bom meu ano novo pra todo mundo.