segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Mania



Não gosto quando uma história acaba sem terminar.
Sabe?
Aquele final que surge, do nada, que te faz pensar: ué, mas acaba assim??
Acabei de ler "O Caçador de Pipas" (atrasada de novo... eu sei), e é uma das histórias que acabam assim: fim!
Não sei se é porquê tenho a mania de encerrar tudo o que eu escrevo de uma maneira, digamos assim, "redondinha", concluindo o pensamento, incitando o pensamento posterior à leitura; mas tudo que acaba do nada me desanima.
Pode ser um filme, um livro, uma novela. Tem que ter o "desfecho". Minha mãe diria "o arremate", comparando com um bordado em ponto cruz.
O livro é ótimo. A história é interessante, envolvente. Mas o final deixa aquele ponto de interrogação na mente: será que o escritor cansou e simplesmente resolveu parar?
As matérias jornalísticas, geralmente, são assim. Conta-se o fato e pronto. Não precisa "arrematar". No começo eu achava estranho, queria terminar as matérias de um jeito mais bonitinho. Mas a professora acabou me convencendo de que é assim mesmo; falou tudo? acabou!
E eu acabei percebendo que isso era uma vantagem, pois eu sempre sofro um pouquinho para terminar os meus textos, tendo na cabeça a idéia de que "tem que ser bonitinho". Como se o final interessante fizesse o leitor voltar para te ler de novo.
É por isso que quando vejo uma história sem final tenho essa impressão: o autor ficou com preguiça.
Estranho né?
E daí? Quem não tem suas nóias e manias???

2 comentários:

Secom disse...

Você vui o filme? É a mesma coisa: agente se pergunta "acabou"? Mas vale a pena! Parabéns pelo blog, será uma ótima jornalista!

Anônimo disse...

Procure pensar na positividade desse final, superando a idéia de que "não acaba". Só o que acaba é novela da globo e filme de Hollywood. A história sempre flui, embora uns pensadores americanos insistam em dizer que chegamos ao fim da história...
Lembre também da positividade da tragédia grega (se podemos pensar assim... hehehe). Eram os finais "abertos" e trágicos que promoviam a catarse nos expectadores, fazendo-os pensar sobre os assuntos abordados.
Já pensou isso no jornalismo?!
Se escrever algo do gênero, quero ler!!

Abraços...

Michael