Não gosto quando uma história acaba sem terminar.
Sabe?
Aquele final que surge, do nada, que te faz pensar: ué, mas acaba assim??
Acabei de ler "O Caçador de Pipas" (atrasada de novo... eu sei), e é uma das histórias que acabam assim: fim!
Não sei se é porquê tenho a mania de encerrar tudo o que eu escrevo de uma maneira, digamos assim, "redondinha", concluindo o pensamento, incitando o pensamento posterior à leitura; mas tudo que acaba do nada me desanima.
Pode ser um filme, um livro, uma novela. Tem que ter o "desfecho". Minha mãe diria "o arremate", comparando com um bordado em ponto cruz.
O livro é ótimo. A história é interessante, envolvente. Mas o final deixa aquele ponto de interrogação na mente: será que o escritor cansou e simplesmente resolveu parar?
As matérias jornalísticas, geralmente, são assim. Conta-se o fato e pronto. Não precisa "arrematar". No começo eu achava estranho, queria terminar as matérias de um jeito mais bonitinho. Mas a professora acabou me convencendo de que é assim mesmo; falou tudo? acabou!
E eu acabei percebendo que isso era uma vantagem, pois eu sempre sofro um pouquinho para terminar os meus textos, tendo na cabeça a idéia de que "tem que ser bonitinho". Como se o final interessante fizesse o leitor voltar para te ler de novo.
É por isso que quando vejo uma história sem final tenho essa impressão: o autor ficou com preguiça.
Estranho né?
E daí? Quem não tem suas nóias e manias???